quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Consequencias do Ataque de Stanffordshire Terrier



Desejava jamais ter vivido o ataque.
E desejava ter sido tratada com muito mais respeito por meus vizinhos.
Busquei na mente qualquer saída dentro das minhas atitudes que pudesse haver nos livrado de estar ali naquele exato momento.
Sair mais cedo ou um pouco mais tarde... Andar pelo outro lado da rua, evitar ser simpática e nao comprimentar os vizinhos...
Me senti muito impotente e incapaz de nos proteger, a mim e a Maya que amo e cuido todos os dias. Minha melhor companhia.
Mas, na verdade, o erro nao foi meu. E nada que fizessemos poderia evitar o ataque que aconteceu dia 07 de janeiro de 2020.
Busquei ajuda. Adestrador especialista em traumas e comportamento animal para me ajudar a compreender o que desencadeou a agressao. Alguma atitude nossa?

Um mes ja passou mas, continuo sonhando com aquele American Stanffordshire cinza, da cor do asfalto, aparecendo entre o capim e as cercas de arame farpado do pasto, encontrando o espaco exato e passando entre os carros para nos atacar do outro lado da estrada principal de Playa Grande.
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Fazia mais de um ano que Maya e eu caminhavamos todos os dias por ali.
A caminho da praia nos exercitamos e divertimos muitas vezes... Parecia ser o bairro mais tranquilo do meu mundo...
Entre as horas e horas sozinha estudando, compondo, tocando novas velhas musicas pros eventos, a Maya sempre me interrompe e avisa que preciso sair tambem. Sem ela, eu viveria muito mais tempo trancanda produzindo, produzindo... Sem perceber muitas vezes que o dia vai se acabando sem que eu saia sequer pra ver o sol.



Nos primeiros anos aqui na Costa Rica, trabalhei e convivi com Rodrigo 24/7 na natacao de aguas abertas. Mas, com seu contrato como professor em uma escola local, ele passou a estar muitas horas longe de casa e eu passei a ficar muito tempo sozinha com meus gatos e instrumentos.
Foi quando Rodrigo se apaixonou por essa cachorrinha, Maya, colocada para adocao e decidiu que ela seria uma grande amiga e companheira que me ajudaria a superar as saudades da minha chow-chow que ficou no Brasil.

E, assim, a Maya entrou na minha vida pra me devolver a alegria de caminhar ao meu lado. Fomos juntas pra todo tipo de lugar. Praia, montanha, vale, mato, asfalto... Estavamos juntas na Embaixada Do Brasil para renovar meu passaporte. E no Fedex alguem me perguntou se ela era meu apoio emocional de tao bem que ela se comportou ali, nos restaurantes, nas avenidas, na casa que conseguimos alugar perto da embaixada e todos os outros lugares que visitamos.
Sempre uma cachorrinha adoravel apesar de grande! Maya descende dos Rodhesian Ridgebacks. Nao pensamos que iria crescer muito... Mas, ela ja passou dos 27kg.



Infelizmente, dia 07, nao conseguimos passar por essa casa que pensavamos ser de bons vizinhos.
As cicatrizes profundas na pele nao sao nada quando comparadas aos sonhos que venho tendo todas as noites com esse ataque. Pesadelos com as inumeras mordidas por todas as partes do corpo da Maya... Cenas de como teria sido o desfecho se algumas delas tivessem sido mais profundas... Os sons e os medos que nao me deixam mais dormir. Os passeios tensos que venho fazendo com ela durante todo esse mes, tentando antecipar qualquer evento perigoso. A restricao de andar apenas perto de casa para nao correr mais riscos... A falta de paz mental para compor e estudar...




Com certeza, pagar a conta no veterinario nao foi suficiente para nos ajudar a voltar a ter a vida que tanto amavamos...
E o que mais me doi: Saber que o ataque poderia ser evitado se os donos desse cachorro com potencial para matar tivessem sido responsaveis por ele! Sem falar no fato de que o dono do cachorro a caminho da veterinaria mentia. Dizia que ele era o cachorro mais manso do mundo e que nunca havia atacado ninguem.
No dia seguinte, a Maya foi vista pela dona da casa que alugo que ao saber do fato se indgnou! Contou que o mesmo cachorro havia invadido a propriedade e atacado seu poodle, anos antes...
Considerei fazer a denuncia e deixar que as autoridades competentes daqui fizessem o que fosse necessario com o cachorro agressor. Mas, tenho pena. O cachorro será punido. Nao os donos...
que se tivessem a menor consideracao por seus vizinhos, o cachorro em questao estaria no minimo como Maya, usando uma coleira... Nao. Nao foi um acidente. Foi uma negligencia.
E quando busquei a dona do cachorro para saber mais sobre o cachorro que nos atacou, se era castrado, advertida por uma pessoa na veterinaria quanto ao marido talvez ser o mais briguento do casal, ela estava sendo super fria e desagradavel porque nao gostou de saber que publiquei no meu perfil de Facebook o ataque. Disse que eu deveria me comportar como um adulto. Esconder o  fato. Passar um mes trancada sem trabalhar e sem dizer nada a ninguem.
Como se eu pudesse esconder dos alunos, contratantes de shows, e pessoas que me conhecem o fato. Como se pagar o vetenario para a Maya me fizesse cumplice deles e comprasse o meu silencio.
Como se pagar a conta resolvesse todos os problemas que essa agressao nos causou.
O que mais me da medo: saber que suas condutas nao vao mudar, e que nao foi a primeira vez.
Nao eh facil ser vitima... Se nao tomar cuidado, o agressor arruma um jeito de colocar a culpa em voce. Ou de se fazer de vitima por ser exposto em publico!
Quando a reputacao importa mais que a conduta...
Mas, os tempos estao mudando... Ter mais dinheiro ou poder nao significa que seja possivel silenciar as pessoas...

Estamos, aos poucos, tentando esquecer, seguir em frente com a vida e as cicatrizes.

Eles disseram que tive sorte. Que nao foi nada. Que foi um acidente.

Mas, o que precisava ter acontecido pra que eles considerassem o proprio cachorro muito perigoso?
Morte???

As marcas físicas sao o que menos importa... O que fazer com o medo???

Como voltar a caminhar e curtir o lugar depois disso???



sábado, 14 de julho de 2012

Receitas e segredos da cozinha!

http://receitaesegredo.blogspot.com.br/

Esse é o novo blog que criei especialmente para eternizar as receitas que minha mãe conhece e pode nos ensinar. Minha mãe cozinha muito bem e domina certas receitas que muita gente tem vontade de aprender.
A primeira que ensinamos é mineira e foi minha avó, Nelly, quem a ensinou. O Frango com Quiabo da Nádia!



Gostaria que todas as receitas pudessem ser relidas quando necessário e também acho muito bom poder dividir essas deliciosas receitas com minhas amigas!
Depois de escrever a receita do bolo de milho de minha avó e receber tantas respostas de gente fazendo a receita, fotografando o bolo feito e pedindo que eu escrevesse mais receitas, achei que ia acabar transformando meu próprio blog em um blog só de receitas e não gostei muito da idéia...
Minha mãe viu essa mesma receita escrita em meu blog e me disse que tinha vontade de fazer as receitas dela daquele jeito: http://brenalages.blogspot.com.br/2012/06/bolo-de-milho-da-vo.html
Achei que ia ter dificuldade em ensinar minha mãe a fazer o blog... Ela não sabe usar muito bem o facebook até hoje...
Mas, eu já sei fazer Blog! Tenho esse aqui, onde falo de todos os assunto que me interessam e um outro sobre viagem: http://casinhaamarelabonete.blogspot.com.br/ que fiz a quatro mãos com o Rodrigo Guerra.
Então, posso organizar o texto, tirar as fotos, escolher as melhores e contar para todos o que minha mãe explicou durante o processo do preparo dos pratos.
Fica sendo um Blog feito por mim, com receitas dela!
Acho que vocês vão gostar!!!

http://receitaesegredo.blogspot.com.br/

Bom apetite!!!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Correr faz bem!




Correr é um prazer. As vezes, uma espécie de vício mesmo... Faz falta!
Sempre gostei da corrida como uma maneira de aliviar o corpo e a mente por uma série de motivos. O primeiro deles é ser um esporte individual. Não preciso de ninguém para correr. Ao mesmo tempo, e esse é o segundo motivo, na corrida é possível conhecer pessoas legais, fazer amizades e dá pra correr em grupo quando a gente está treinando! É bem divertido!
O problema é que quando corremos sozinhos, podemos cometer alguns erros como não ter uma postura boa e com isso lesionar a coluna, ou os joelhos. Também temos dificuldade em aumentar nossa capacidade sozinhos. Passei um bom tempo correndo sempre a mesma distância, no mesmo tempo... Algumas pessoas acabam se machucando quando treinam sozinhas para tentar aumentar sua capacidade sem ter o conhecimento necessário para criar o treino. Por isso é que resolvi fazer parte de uma equipe de corrida.
Treinamos duas vezes por semana e aos sábados corremos na USP com outras equipes.
Temos uma pessoa responsável por criar nossos treinos e por acompanhar nossa evolução.
No meu caso, fui muito feliz por ter encontrado uma amiga em minha treinadora. Conversamos sobre nossas vidas, coisas boas que estamos vivendo e também sobre coisas ruins. Sinceramente, acho que a maneira como nos sentimos emocionalmente interfere diretamente em nosso rendimento no esporte. Quando não estou treinando bem, minha treinadora sabe que alguma coisa está errada comigo. Aí, o treino fica mais leve mesmo... e isso não tem muita importância. O que realmente importa é a regularidade. Desde que a gente não falte aos treinos e treine, mesmo nos dias em que nos sentimos cansados, é possível notar uma evolução pequena e constante.
Passei uns três anos apenas indo aos treinos. Não queria competir... Queria apenas a sensação do dever cumprido, as endorfinas no sangue e a cabeça mais leve. Mas, minha treinadora insistia em dizer que eu devia me inscrever em uma prova. Um dia concordei com isso. Senti que já corria alguns Km durante o treino. Não seria difícil completar uma prova de 5Km. Resolvi tentar! E gostei! Em março de 2012 corri meus primeiros 5Km de prova! Não fiz um tempo muito bom (cerca de 37 minutos) mas, me diverti muito com a experiência...
http://www.circuitovenus.com.br/2012/interna.php?cidade=1


E resolvi me preparar para correr um pouquinho mais... 10km seria um exagero! Descobri algumas provas de 8km, 6km... Tem provas de todos os tamanhos e dificuldades. Inclusive provas para caminhantes com cerca de 3km ou 4km. Mas, já que tinha corrido os 5km da Venus, resolvi me preparar para 8km e me inscrevi na segunda prova! Outra prova só para as mulheres. Circuito Wrun com 8km ou 4km.


Corri os 8km em 58 minutos. Fiz uma prova bem lenta, tomando cuidado para não sentir cansaço no final do percurso onde há uma subida que deve ter uns 600 metros de distância. No final, cheguei à conclusão de que podia ter feito a prova em menos tempo... Mas, é sempre bom tomar cuidado para que a gente possa correr e terminar com a sensação de que podia correr mais. Isso é que é bom. Mesmo os treinos devem ter, no final, aquele gosto de quero mais...
Estou decidindo agora se me preparo para uma provinha de 10km ou para correr os 8km novamente mas, diminuir meu tempo nesse tipo de percurso.
Deu vontade de calçar o tênis e sair correndo desse PC...








sábado, 9 de junho de 2012

Bolo de Milho da Vó!

Adoro cozinhar e prefiro as comidas salgadas à confeitaria mas, hoje, que está frio em São Paulo, fiquei com saudades de um bolo de milho molhadinho que minha Vó, no Rio, costuma fazer. É simples e combina perfeitamente com café ou chazinho quente!
Gostinho bem mineiro...
Os ingredientes:

4 xícaras de leite
4 ovos
1 1/2 xícaras de fubá
2 xícaras de açúcar
2 colheres de sopa de fermento (Pó Royal)
1 pires cheio de queijo ralado
Canela para polvilhar (opcional) (invenção minha na hora de comer com chá mate)


Esses ingredientes são tão simples que eu os encontrei em casa! E antes de começar a trabalhar com eles, é bom ligar o forno e deixar aquecendo até a hora de por o bolo para assar.

Minha vó recomendou que eu batesse todos os ingredientes, menos o queijo, no liquidificador.
Comecei pelos líquidos: o leite (4 xícaras) e os ovos (4 ovos).


Confesso que ao bater o leite e os ovos meu liquidificador ficou assustadoramente cheio e resolvi despejar essa mistura em um bow de inox e, desrespeitando as instruções de minha vó por minha conta e risco, misturar o resto dos ingredientes (2 xícaras de açúcar, 1 1/2 xícaras de fubá, 2 colheres de sopa de fermento, e por último, o queijo ralado) com uma colher de pau.



Depois, foi só colocar no forno médio por cerca de 25 a 30 minutos e esperar esfriar um pouco para cortas as fatias e saborear...





Achei que combina muito bem com café ou chá mate quentinho! Dá para polvilhar canela por cima! Fica delicioso!!!

Obrigada, Vó! Por essa e muitas outras receitas que você domina com maestria!

quarta-feira, 21 de março de 2012

YOGA


Sempre gostei de movimento. Festas, música, muita gente ao meu redor, amigos, família... E sempre que me via sozinha, me sentia perdida, ansiosa, sentindo falta de "um não sei o que" que me tornava inquieta e irritada. Muitas vezes aguardei por minhas aulas de ballet num corredor do departamento cultural do Club, onde as crianças acabavam fazendo muito barulho até a hora da aula começar, e da sala de Yoga saía  professora Maria Celeste para nos pedir silêncio. Confesso que achava super estranho como as pessoas saíam daquela sala de luz azul com cara de sono... Pensava que a Yoga pudesse ser uma espécie de ritual religioso ou coisa parecida. Sentia até um certo medo daquelas pessoas... E muitas vezes, na minha adolescência, no meus momentos de ansiedade e irritação, ouvi minha mãe dizer: "Você deveria fazer Yoga!" Aquilo me soava como bronca e acabou me afastando por muito tempo de uma das coisas de que mais gosto hoje.
Aos 27 anos, resolvi entrar na tal sala estranha e encarar uma aula para ver do que se tratava. Nunca mais parei! A Yoga me ensinou a respeitar o meu próprio corpo e suas limitações. Me ensinou também que a ansiedade não serve para nada e me prejudica física e mentalmente. Me ensinou a acalmar minha mente com a respiração, a obedecer simplesmente, sem resistências, sem questionar e a persistir. Aprendi, finalmente, a gostar de estar sozinha!
A Yoga não é uma religião, nem um ritual, nem mesmo um esporte, visto que não existe a competição e nem se estabelecem metas a cumprir. É apenas uma prática. Uma prática que nos leva a um autoconhecimento.
Minha mestre Maria Celeste começou a praticar Yoga aos 29 anos e foi uma das primeiras professoras do Brasil. Quase todo mundo que pratica Yoga em São Paulo passou por uma de suas aulas. Em  dezembro de 2008, ela foi entrevistada pela revista TPM. Tenho comigo essa edição. Às vezes, me pego chateada com a vida e dou uma lida novamente na matéria da revista.

 Sua vida foi bastante difícil (divórcio, morte de filhos, etc...) mas, a maneira como ela encara os fatos a fez sofrer bem pouco. http://revistatpm.uol.com.br/revista/83/perfil/divina-celeste.html. A Yoga nos ensina a aceitar os fatos. A entender que nada é perene. Tudo está em constante modificação. As coisas não são boas ou más. Apenas são. É mais fácil aceitar que resistir à realidade. Resistir causa sofrimento. 
Conviver e aprender com a Celeste, tem sido uma experiência divina e um crescimento enorme. Aos 86 anos, ela continua a trabalhar todos os dias ensinando o que sabe. E diz não gostar das férias.
Vejo que as pessoas que servem a um propósito e que se sentem úteis, são mais saudáveis e felizes, como ela.
Tenho uma grande identificação com minha mestre.
Ela é linda, leonina e um grande exemplo que pretendo seguir.
Não sei se viverei tanto tempo quanto ela mas, com certeza vou me esforçar para viver com qualidade até o final dos meus dias e ela será sempre minha referência.
"A luz de deus me ilumina.
A presença de deus me guarda.
O amor de deus me envolve.
O poder de deus me protege.
Onde quer que eu esteja, ali deus está"

Com essas palavras, ela termina nosso relaxamento no final de cada aula.

Me sinto completa e satisfeita comigo sabendo que sou uma parte de um todo chamado universo. Ele faz parte do meu ser e eu sou uma parte dele. É essa a sensação causada por uma prática de uma hora de Yoga.

Namastê! O deus em mim saúda o deus em ti.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Para um final de tarde de surf em Tijucopava (Guarujá)



Cada pequena vitória
é comemorada com prazer

Uma grande história
de amizade para se ver

Um grande amor a flutuar,
a viver, a acontecer

A lua a sair do mar
confundindo olhares
distraídos pelas ondulações

Seria aquela bola vermelha um segundo sol?

O verdazul do mar
acariciando no horizonte o céu lilás

No ar o calor,
verão

No mar morno, a transparência,
a verdade a se mostrar

E até que o pano negro da noite
viesse emoldurar
o brilho incessante da lua
Continuou o espetáculo
indescritível da natureza
para o qual
me escapam palavras...

E ainda que elas não me fugissem
Se viessem todas para mim
Não poderiam me fazer
mostrar através delas
O momento que vivi...



sábado, 14 de janeiro de 2012

Bonete (Ilhabela)

Estou completamente apaixonada pelo paraíso onde passei minhas férias!
Tão apaixonada, que resolvi criar um novo Blog para falar dessa e, com certeza, de outras viagens que farei para lá. casinhaamarelabonete.blogspot.com
Essa foto foi tirada por mim do Mirante que fica sobre a barra, na Praia do Bonete em Ilhabela nos primeiros dias de janeiro de 2012.
Para saber mais sobre minha viagem e ver as fotos que registram esses dias maravilhosos visitem o Blog!!!
Feliz 2012!